Hidrossalpinge afeta a fertilidade? Saiba mais sobre essa condição!
Hidrossalpinge: condição que afeta as trompas de Falópio, dificultando a fertilidade feminina. Saiba mais sobre sintomas e tratamentos!
Introdução
Entre as diversas doenças que podem afetar a fertilidade feminina, podemos mencionar a hidrossalpinge, uma condição silenciosa caracterizada pela presença de líquido nas trompas uterinas, que pode trazer desafios para alcançar a gravdez de forma natural.
Neste artigo, vamos explorar o que é hidrossalpinge, seus sintomas, exames e opções de tratamento. Continue lendo para entender como lidar melhor com essa condição.
O que é hidrossalpinge?
A hidrossalpinge é uma condição médica em que as trompas de Falópio, também conhecidas como tubas uterinas, ficam obstruídas por líquido, dificultando a passagem do óvulo e a concepção natural.
Existem dois tipos: a unilateral, que afeta somente uma trompa, e a bilateral, que afeta ambas. Essa obstrução pode impedir a fertilização do óvulo pelo espermatozóide e pode afetar a implantação do embrião no útero, aumentando o risco de gravidez ectópica, que ocorre quando o embrião começa a se desenvolver fora da cavidade uterina.
As trompas conectam o útero aos ovários e são essenciais para o transporte do óvulo e a fertilização. Quando obstruídas, a capacidade de engravidar é comprometida.
Acesse nosso artigo sobre fatores que impactam a fertilidade feminina. Descubra por que algumas mulheres têm dificuldade de engravidar!
Principais sintomas
Apesar dos impactos na fertilidade feminina, muitas mulheres com hidrossalpinge não apresentam sintomas além da infertilidade. No entanto, algumas descobrem a condição após uma gravidez ectópica.
Pacientes podem relatar dores constantes na região pélvica, que se tornam ainda mais fortes durante o período menstrual, frequentemente acompanhadas de febre, corrimento vaginal anormal, desconforto durante a relação sexual e sangramento fora do período menstrual.
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Quais são as causas dessa condição?
A hidrossalpinge tem como principal causa infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como clamídia, sífilis e gonorreia. Esses patógenos, ao entrarem em contato com a vagina, migram para o útero e afetam as trompas, causando obstrução e inflamação.
Além das ISTs, a hidrossalpinge pode estar associada à doença inflamatória pélvica (DIP), resultante do desequilíbrio na flora vaginal devido à falta de tratamento ou tratamento inadequado de infecções ginecológicas.
Além disso, condições como endometriose, aderências na região pélvica e cirurgias prévias, como cesariana ou remoção de cistos ovarianos, também podem contribuir para essa condição.
Diagnóstico e tratamento para hidrossalpinge
Os métodos de investigação da hidrossalpinge, como ultrassonografia transvaginal, histerossalpingografia, laparoscopia e ressonância magnética (RM), fornecem informações específicas sobre a extensão e a gravidade da condição.
O tratamento é personalizado de acordo com a gravidade e os objetivos reprodutivos da paciente. Geralmente, envolve o uso de antibióticos para o desaparecimento dos sinais e normalização dos exames laboratoriais.
Contudo, se houver persistência dos sintomas ou piora do quadro, é indicado a laparoscopia, cirurgia para desobstruir as trompas e drenar o líquido acumulado, segundo o Protocolo Brasileiro para doença inflamatória pélvica.
Hidrossalpinge afeta a fertilidade da mulher?
Sim, a hidrossalpinge pode afetar a fertilidade feminina de várias maneiras. Quando as trompas de falópio estão obstruídas e cheias de líquido, como na hidrossalpinge, o transporte normal do óvulo fertilizado para o útero é prejudicado, dificultando a concepção.
Além disso, a presença de líquido nas trompas pode criar um ambiente prejudicial para o embrião em desenvolvimento, aumentando o risco de aborto espontâneo.
Portanto, é importante tratar a hidrossalpinge, especialmente em mulheres que estão tentando engravidar, para melhorar suas chances de concepção e manter uma gravidez saudável.
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Conclusão
A hidrossalpinge é uma condição que pode representar um desafio significativo para as mulheres que desejam engravidar. No entanto, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível superar essa dificuldade e buscar opções para realizar o sonho da maternidade.
É importante estar ciente dos sintomas, realizar exames de acompanhamento e discutir as opções de tratamento com um profissional de saúde qualificado. Com o apoio adequado, é possível enfrentar a hidrossalpinge e seguir em frente em direção à maternidade.
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As dicas não substituem uma consulta médica. Consulte um profissional de saúde para obter orientações individualizadas.
Referências
SCIELO. Epidemiologia e Serviços de Saúde. Protocolo Brasileiro para infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: doença inflamatória pélvica. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/ress/2021.v30nspe1/e2020602/
BVS - Biblioteca Virtual em Saúde. Infertilidade Feminina. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/infertilidade-feminina/
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