Corrimento branco: conheça as possíveis causas

Introdução

Ao longo de suas vidas, as mulheres podem se deparar com condições ginecológicas diversas causadas por fatores que envolvem a sua saúde física e emocional, desde alterações hormonais, presença de agentes patogênicos até o uso de produtos inadequados para a higiene íntima.

Entre essas condições estão as infecções vaginais que podem aparecer inclusive durante o período fértil, trazendo desconforto, dor durante a relação sexual e até mesmo complicações mais graves, se não forem tratadas adequadamente.

Neste artigo vamos falar sobre o corrimento branco, um tipo de infecção vaginal que pode acometer as mulheres ao longo do período fértil, abordando as bases do assunto e tirando as principais dúvidas sobre essa condição.

Boa leitura!

O que é corrimento vaginal?

O corrimento vaginal é uma condição comum entre as mulheres e pode ser identificado pela presença de uma secreção com odor desagradável que sai pela vagina, podendo surgir de formas diversas, às vezes em um tom branco leitoso, amarelado, acinzentado, esverdeado ou até com a presença de sangue.

Em cada tipo, as causas para essa condição são específicas, acontecendo por infecções através de fungos, bactérias, vírus, parasitas ou também desequilíbrios hormonais e alergias. Vale reforçar que, em alguns casos, os corrimentos são normais e acontecem por um processo natural do corpo, se apresentando de forma incolor e sem cheiro, como vamos demonstrar com mais detalhes no decorrer do texto.

Uma vez identificada a causa do corrimento com a ajuda de um profissional, cada condição é tratada de forma diferente, levando ao uso de medicamentos antifúngicos, antibióticos ou antiparasitários, alinhados também à higiene íntima adequada, assim como o uso de roupas íntimas confortáveis que não favoreçam a evolução dessas infecções.

Além do próprio uso do preservativo nas relações sexuais e a adaptação a dietas equilibradas que fortaleçam o sistema imunológico da mulher.

Tipos e características do corrimento branco

Um dos tipos de corrimento comum entre as mulheres é o corrimento branco, que aparece com um aspecto leitoso e é considerado muitas vezes normal e saudável, se dando pelo aumento dos níveis de estrogênio no organismo.

Acontece principalmente durante o ciclo menstrual, não tem cheiro e não traz desconforto para a mulher. É uma forma natural de o corpo manter a vagina limpa e saudável.

Por outro lado, existem outras formas do corrimento branco que indicam problemas de saúde como infecções, como é o caso do corrimento mais espesso e com odor forte, causado geralmente por fungos como a candidíase, que vem acompanhada de sintomas de coceira na região genital e desconforto nas relações sexuais.

A vaginose bacteriana pode ser outra possibilidade para o ocasionamento do corrimento branco, também aparecendo com odor desagradável geralmente em uma cor mais acinzentada ou esverdeada, com consistência líquida.

O corrimento branco pode indicar também doenças sexualmente transmissíveis como tricomoníase ou clamídia, quando ele aparece de forma mais abundante, com tom amarelado e na presença de sintomas de dor abdominal ou ao urinar.

Pastoso, com cheiro e sem cheiro

A forma pastosa do corrimento branco é comum e pode ter características diferentes.

Quando ele aparece sem a presença de um odor desagradável, pode indicar a ocorrência de uma infecção bacteriana como a vaginose, surgindo em uma forma aguada e esbranquiçada menos pastosa, podendo apontar também para um desequilíbrio no pH vaginal.

Por outro lado, quando o corrimento vem acompanhado de um odor mais forte ele pode apontar para a presença de uma infecção vaginal causada por fungos como a candidíase, no qual ele surge em uma forma branca pastosa, acompanhado de sintomas de coceira, irritação e vermelhidão na área genital.

Quais são as principais causas?

Como já dissemos, existem causas diversas para o aparecimento do corrimento branco, vamos conferir a seguir as causas mais comuns:

• Candidíase: uma das principais causas do corrimento é a candidíase vaginal que acontece pela infecção do fungo Candida e torna o corrimento espesso e branco, junto a sintomas de coceira e irritação;
• Vaginose: a vaginose bacteriana é outra causa comum, sendo um resultado do desequilíbrio na flora vaginal, que faz aparecer o corrimento em tonalidade branca ou acinzentada com forte odor, além da presença de coceira e irritação na área genital;
• Tricomoníase: outra possibilidade comum para o corrimento branco é a tricomoníase, uma infecção sexualmente transmissível causada por um parasita que traz para o corrimento um aspecto branco, amarelo ou verde, com odor desagradável e também acompanhado por coceira e irritação;
• Gonorreia e Clamídia: outras doenças sexualmente transmissíveis como gonorreia e clamídia também podem ser indicadas pelo corrimento branco, mas nesses casos acompanhadas de sintomas de dor abdominal, dor ao urinar ou sangramento.

Em qualquer um destes casos, o acompanhamento médico é imprescindível para identificar as causas do corrimento e o tratamento adequado para cada situação.

Gravidez

Em outros casos, o corrimento branco pode estar associado também à gravidez, uma vez que o corpo da mulher sofre mudanças hormonais muito grandes que podem causar um aumento do corrimento vaginal como uma resposta natural do organismo, tanto para a proteção do útero da mulher quanto do próprio bebê a possíveis infecções.

Alterações no ciclo menstrual

Outra possibilidade para o aparecimento do corrimento branco está associada a alterações no ciclo menstrual da mulher, a partir de fatores como desequilíbrios hormonais, estresse, uso de contraceptivos ou problemas externos de saúde, que podem ser identificados com precisão pelo ginecologista para o tratamento adequado.

Alergias

Alergias também podem trazer o corrimento branco, como um sintoma de reações a substâncias presentes em produtos de higiene, roupas íntimas e até alimentos específicos.

Diagnóstico e tratamento

Para identificar as causas do corrimento branco em cada caso é fundamental a consulta com um ginecologista, com a realização de exames completos que vão avaliar a saúde vaginal e as causas reais dessa condição em cada organismo e situação.

Para o diagnóstico correto, podem ser solicitados testes laboratoriais para identificar a presença de agentes infecciosos, como fungos ou bactérias, ou exames de sangue para investigar a presença de doenças que podem contribuir para o corrimento branco.

O exame de Papanicolau também pode ser uma boa opção de diagnóstico, pois ele avalia as células do colo do útero e detecta alterações importantes para identificar a origem do corrimento.

O tratamento do corrimento branco será diferente para cada causa e organismo, passando por prescrições de antifúngicos, antibióticos ou antiparasitários. Em todos os casos, é essencial seguir rigorosamente as orientações médicas e completar todo o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam.

Conclusão

Como vimos, o corrimento vaginal é uma condição comum nas mulheres, sendo identificado através da secreção, com a presença ou não de um odor desagradável, podendo ser causado por fatores diversos que podem identificar situações normais do organismo feminino, alergias ou também complicações de saúde mais graves.

A candidíase vaginal e a vaginose bacteriana são umas das causas mais comuns do corrimento branco, surgindo em formas espessas, de tonalidade branca e geralmente acompanhadas de sintomas de coceira e irritação na área genital.

Em casos mais graves, o corrimento pode indicar infecções sexualmente transmissíveis como a tricomoníase, a gonorreia e a clamídia, que trazem aspecto amarelado ou esverdeado para a condição, além dos sintomas de coceira, irritação e dor de abdominal ou ao urinar e também possíveis sangramentos.

Por outro lado, o corrimento branco pode estar associado a alterações normais do organismo da mulher durante a gravidez e o ciclo menstrual, sendo um demonstrativo de um processo natural e saudável do corpo.

Para prevenir o corrimento, vale sempre a preocupação com a higiene íntima adequada, o uso de roupas íntimas confortáveis, uso do preservativo nas relações sexuais, dieta equilibrada e claro, o frequente acompanhamento médico adequado para a identificação correta das causas de cada condição bem como do tratamento mais indicado.