
Vasa prévia na gravidez: o que é, como diagnosticar e garantir a segurança do bebê?
Descubra o que é vasa prévia, seus riscos, diagnóstico por ultrassom e como garantir a saúde do bebê!
A gravidez é um período repleto de expectativas e cuidados. Entre as diversas condições que podem surgir, a vasa prévia destaca-se por ser uma complicação rara, porém grave, que exige atenção especial para garantir a saúde do bebê e da mãe.
Neste artigo, abordaremos seus riscos, diagnóstico e as medidas necessárias para um desfecho seguro. Confira!
O que é vasa prévia e por que é considerada uma complicação grave na gravidez?
Ocorre quando vasos sanguíneos fetais, desprotegidos pela geléia de Wharton - tecido encontrado no cordão umbilical-, atravessam ou estão muito próximos ao colo do útero.
Essa posição vulnerável torna esses vasos suscetíveis a rupturas durante o rompimento das membranas amnióticas, o que pode levar a uma hemorragia fetal significativa e rápida, colocando a vida do bebê em risco.
Estima-se que, sem diagnóstico prévio, a vasa prévia resulte em natimortos em até 56% dos casos.
Quais são os fatores de risco associados?
Embora a vasa prévia possa ocorrer em qualquer gestação, certos fatores aumentam sua probabilidade:
- Placenta prévia ou baixa: quando a placenta está localizada próxima ao colo do útero.
- Inserção velamentosa do cordão umbilical: os vasos sanguíneos se inserem nas membranas placentárias, em vez de diretamente na placenta.
- Placenta bilobada ou sucenturiada: presença de lóbulos adicionais na placenta.
- Gestações múltiplas: como gêmeos ou trigêmeos.
- Fertilização in vitro (FIV): técnicas de reprodução assistida aumentam o risco.
- Cirurgias uterinas anteriores: como cesarianas prévias.
Leia também: Gravidez anembrionária: causas, diagnóstico e tratamento.
A vasa prévia apresenta sintomas durante a gestação?
Na maioria dos casos, é assintomática durante a gestação. Entretanto, durante o trabalho de parto ou após o rompimento das membranas, pode ocorrer um sangramento vaginal indolor e súbito. Esse sangramento é de origem fetal, o que o torna particularmente perigoso, pois o bebê pode perder uma quantidade significativa de sangue em pouco tempo.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado por meio de ultrassonografia transvaginal com Doppler colorido. Esse exame permite visualizar os vasos sanguíneos fetais cruzando ou próximos ao colo do útero. A detecção precoce é crucial para o planejamento adequado do parto e para minimizar os riscos associados.
Quais são os riscos para o bebê e a mãe?
O principal risco da vasa prévia é para o bebê, devido à possibilidade de hemorragia fetal rápida e severa, que pode levar à morte se não tratada imediatamente. Para a mãe, os riscos incluem complicações associadas à perda de sangue fetal e à necessidade de intervenções de emergência, como cesariana urgente.
Veja também: Líquido amniótico baixo na gravidez: causas e riscos.
Qual é a taxa de mortalidade associada à vasa prévia não diagnosticada?
Sem diagnóstico prévio, a vasa prévia tem uma taxa de mortalidade fetal estimada em 56%, conforme mencionamos inicialmente. No entanto, quando identificada durante a gestação e manejada adequadamente, as chances de sobrevivência do bebê aumentam significativamente, chegando a 97%.
Qual é o tratamento recomendado para casos diagnosticados durante a gestação?
O tratamento envolve o planejamento de uma cesariana antes do início do trabalho de parto ou do rompimento das membranas, geralmente entre a 34ª e a 37ª semana de gestação. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de corticosteroides para acelerar a maturação pulmonar do feto. A internação hospitalar para monitoramento pode ser recomendada a partir da 30ª semana.
Como o acompanhamento pré-natal pode ajudar na detecção precoce da vasa prévia?
O acompanhamento pré-natal regular, com realização de ultrassonografias e atenção aos fatores de risco, é fundamental para a detecção precoce da condição. A identificação antecipada permite o planejamento adequado do parto e a implementação de medidas preventivas para garantir a segurança do bebê e da mãe.
É possível preveni-la?
Não há medidas específicas de prevenção, mas o monitoramento cuidadoso de gestações com fatores de risco pode levar à detecção precoce. A conscientização sobre a condição e a realização de exames de imagem apropriados são essenciais para minimizar os riscos associados.
Quais são as recomendações para gestantes diagnosticadas?

Gestantes diagnosticadas devem seguir as orientações médicas rigorosamente, incluindo:
- Realizar monitoramento fetal frequente a partir da 28ª semana;
- Considerar internação hospitalar para observação a partir da 30ª semana;
- Planejar a cesariana entre a 34ª e a 37ª semana, conforme orientação médica;
- Evitar atividades que possam provocar o rompimento das membranas.
Conclusão
A vasa prévia é uma condição rara, mas potencialmente fatal, que requer atenção e diagnóstico precoce para garantir a segurança do bebê e da mãe.
O acompanhamento pré-natal adequado, com realização de exames específicos e monitoramento dos fatores de risco, é essencial para identificar a condição e planejar o parto de forma segura.
Com os cuidados apropriados, é possível minimizar os riscos e assegurar um desfecho positivo para a gestação.
As dicas não substituem consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.
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