Mulher grávida sentada na cama cobrindo o rosto com as mãos.

Depressão na gestação: saiba reconhecer os sinais e cuidar da saúde mental na gravidez

Gravidez
Artigo
Jun 30, 2025
5mins

Entenda os sintomas, causas e tratamentos da depressão na gestação e como proteger mãe e bebê!

Quando pensamos na gravidez, logo vêm à mente sentimentos de alegria, expectativa e amor. No entanto, para muitas mulheres, esse período também pode ser acompanhado de ansiedade, inseguranças e até tristeza profunda.

A depressão na gestação é uma condição real, séria e que merece atenção, cuidado e acolhimento. Neste artigo, vamos esclarecer os sinais, causas, riscos e, principalmente, como buscar ajuda e cuidar da saúde mental durante essa fase tão especial. Confira!

O que é depressão na gestação e por que ela acontece?

A depressão na gestação é um transtorno de humor caracterizado por tristeza persistente, desânimo e perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram agradáveis. Ela surge devido a uma combinação de fatores hormonais, emocionais, psicológicos e, muitas vezes, sociais.

Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por intensas mudanças hormonais, como o aumento dos níveis de estrogênio e progesterona, que podem impactar diretamente o sistema nervoso e as emoções. Além disso, o medo do parto, preocupações financeiras, mudanças na dinâmica familiar e histórico de transtornos mentais podem contribuir significativamente.

Quais são os principais sintomas de depressão na gravidez?

Reconhecer os sinais é fundamental. Os principais sintomas incluem:

  • Tristeza profunda e constante;
  • Choro frequente sem motivo aparente;
  • Falta de energia e cansaço excessivo;
  • Perda de interesse nas atividades do dia a dia;
  • Alterações no sono (insônia ou sono excessivo);
  • Alterações no apetite (falta ou excesso de fome);
  • Sentimentos de culpa, inutilidade ou desesperança;
  • Dificuldade de concentração;
  • Ansiedade constante;
  • Pensamentos negativos, inclusive sobre si mesma e o futuro.

É muito importante entender que sentir tristeza ocasional é normal, mas quando esses sentimentos são constantes e afetam a qualidade de vida, é sinal de alerta.

É normal sentir tristeza durante a gravidez? Como diferenciar da depressão?

É comum que gestantes sintam-se mais sensíveis, chorem com mais facilidade ou tenham dias de tristeza. Isso faz parte do turbilhão hormonal e das mudanças emocionais da gravidez.

No entanto, quando essa tristeza se mantém por dias ou semanas, interfere no sono, no apetite, nas relações e nas atividades diárias, é hora de investigar se não se trata de uma depressão na gestação.

Quais são os fatores de risco para desenvolver depressão na gestação?

Existem alguns fatores que aumentam o risco de uma mulher desenvolver depressão durante a gravidez:

  • Histórico prévio de depressão ou ansiedade;
  • Gravidez não planejada ou indesejada;
  • Falta de apoio familiar ou do parceiro;
  • Violência doméstica;
  • Estresse excessivo (financeiro, profissional, familiar);
  • Perdas gestacionais anteriores;
  • Complicações na gestação;
  • Isolamento social.

Ter algum desses fatores não significa que a depressão irá ocorrer, mas que é importante redobrar a atenção com a saúde emocional.

Como a depressão na gravidez afeta o bebê?

Esse é um ponto que gera muita preocupação. Estudos mostram que a depressão na gravidez afeta o bebê, principalmente devido ao aumento do cortisol (hormônio do estresse) no organismo materno. Isso pode impactar o desenvolvimento fetal, levando a:

  • Maior risco de parto prematuro;
  • Bebês com baixo peso ao nascer;
  • Maior irritabilidade no recém-nascido;
  • Dificuldades na amamentação;
  • Maior predisposição do bebê a transtornos emocionais na infância.

Por isso, cuidar da saúde mental da mãe é também cuidar da saúde do bebê.

Leia mais: Gestação de alto risco: o que é e como se cuidar.

Quais tratamentos são seguros para depressão durante a gestação?

A boa notícia é que sim, existe tratamento seguro e eficaz. O primeiro passo é a avaliação de um profissional especializado, como psicólogo ou psiquiatra perinatal. Os tratamentos podem incluir:

  • Psicoterapia: terapias como a cognitivo-comportamental (TCC) são bastante eficazes;
  • Acompanhamento psicológico regular: Conversar, refletir e entender os sentimentos faz toda a diferença;
  • Uso de medicamentos: em casos moderados a graves, o médico pode indicar antidepressivos que são seguros durante a gestação. A escolha é feita cuidadosamente, avaliando riscos e benefícios;
  • Atividades integrativas: yoga para gestantes, meditação, caminhadas, grupos de apoio e exercícios de respiração.

Como o suporte familiar e profissional pode fazer a diferença?

O apoio é fundamental. Ter ao lado um parceiro ou parceira presente, familiares que acolham e não julguem, além de uma equipe médica e psicológica que acompanhe de perto, transforma o enfrentamento da depressão. Conversar, compartilhar medos, ser ouvida e compreendida faz toda a diferença nesse processo.

Veja mais: Tempo de licença maternidade: fortalecendo o vínculo entre mãe e filho.

Quando é o momento certo para procurar ajuda profissional?

O momento certo é sempre que a gestante perceber que está difícil lidar com os próprios sentimentos, que o choro, a tristeza, a angústia e a ansiedade estão constantes. Não é preciso esperar "piorar" para buscar ajuda. Quanto antes, melhor.

A depressão gestacional pode evoluir para depressão pós-parto?

Infelizmente, sim. Mulheres que enfrentam depressão na gestação têm maior risco de desenvolver a depressão pós-parto, se não receberem tratamento adequado. Por isso, cuidar da saúde mental ainda durante a gravidez é uma maneira de prevenir complicações emocionais no puerpério.

Como combater o estigma sobre saúde mental na gravidez?

Gestante com expressão de cansaço e preocupação segurando a cabeça.

O primeiro passo é falar sobre isso. Entender que saúde mental é parte da saúde da gestante, tanto quanto os exames de rotina e o pré-natal. Depressão não é fraqueza, não é frescura, e sim uma condição de saúde que pode e deve ser tratada com acolhimento, empatia e informação.

Conclusão

A gravidez é um momento único, repleto de mudanças, alegrias e desafios. Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. Se você ou alguém que conhece está passando por sintomas de depressão na gestação, saiba que não está sozinha e que existe tratamento.

As dicas não substituem consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.

Gostou deste conteúdo? Então, confira tudo sobre a gravidez química: o que é, as causas e os sintomas!

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